Conto da Esther
Autor(a): Esther Sabina
Nota: 9,5
Editora: Independente
Nas férias de verão foi quando
tudo aconteceu. Dois amigos, Stace e Robert, que estudavam letras na USP,
programaram a viagem dos sonhos ao decorrer de todo o ano para que nada desse
errado e tudo saísse perfeito.
Chegado o tão glorioso dia da
partida, os dois se encontraram no aeroporto, e sem hesitar se apressaram para
pegar o voo. Mal esperavam para chegar ao seu incrível destino e mal sabiam
eles o que os aguardavam em Vegas.
Ao pousarem na tão gloriosa
cidade, ficaram maravilhados com os prédios, os cassinos, as luzes... tudo
parecia perfeito, um sonho realizado para os dois. Com pressa para curtir o que
mais esperaram por todo o ano, foram direto para o hotel em que haviam feito
reserva a alguns meses; mas, para surpresa de ambos, nenhum registro era encontrado
no sistema do hotel e não haviam vagas. Pudera: tal local era o mais procurado
em Vegas por sua beleza e seu preço, claro, super em conta para estudantes que
querem curtir.
- E agora Rob? O que a gente vai
fazer?, perguntou Stace, preocupada em arranjar um lugar pra dormir da mesma
forma em que queria curtir a cidade. Não temos lugar para ficar e eu
quero curtir o máximo que puder desse lugar - e você também quer eu sei. O que a
gente faz? Estamos ferrados...
- Se acalme garota, pra tudo tem
um jeito – disse Robert, tentando contornar a situação. Vamos dar umas voltas
pela cidade e com certeza encontraremos algo; ainda mais em época de férias...
com certeza tem muita gente querendo ganhar um extra.
- Tomara que suas alternativas
estejam certas. Vamos lá...
Pegaram um táxi ali mesmo na
saída do hotel e foram dar umas voltas pela cidade. Robert estava certo de que
encontraria algo; sempre foi muito bom pra sair desse tipo de situação,
resolvera tudo o que lhe parecia complicado.
Passados 20 demorados minutos
acharam uma casa onde havia apenas uma placa dizendo "Alugo quarto
dos fundos".
- Pronto é aqui mesmo que vamos
ficar!
- Tem certeza Rob? Vamos
conversar com a dona da casa primeiro... se ela aparentar ser uma boa pessoa
ficamos por aqui mesmo.
Desceram do táxi ainda cheios de
malas, acertaram a corrida e foram até a entrada da casa.
Bateram na porta e logo foram
recebidos por uma linda mulher, loira dos olhos claros, um corpo de dar inveja
e que aparentava ser super simpática; ela já foi logo se apresentando.
– Olá, meus jovens! Muito prazer!
Meu nome é Heloísa, mas podem me chamar de Helô. O que vocês desejam?
- Muito prazer, Helô! Me chamo
Robert, e essa é minha amiga Stace. Nós vimos a placa no portão da sua garagem...
é que estamos sem lugar pra ficar, e eu queria saber um pouco mais a respeito
do quarto q você está alugando.
- Claro! Entrem. Vamos conversar
um pouco; tenho certeza que irão gostar do lugar.
Passados 40 minutos de conversa, Stace
e Rob fecharam o quarto: era ali mesmo que iriam ficar. Tinham gostado muito do
lugar, e certamente de Helô. Mal sabiam o que os aguardava após alguns dias.
No primeiro dia de curtição em
Vegas os estudantes aproveitaram o dia e a noite: visitaram museus, foram a
peças de teatros, fizeram compras (o que era mais a cara de Stace, mas Rob
adorava acompanhá-la). A noite para eles foi uma criança! Os mais variados
cassinos, boates, casas de shows e tudo de melhor que se poderia encontrar.
Conversa vai, conversa vem, os melhores drinks já tomados por ambos, no final
da noite não deu outra: como já eram íntimos e fizeram 4 anos na mesma
universidade, tinham sim uma pequena queda um pelo outro e acabou rolando. Naquela
noite os dois aproveitaram ao máximo.
No dia seguinte, como estavam
dividindo um quarto, acordaram no maior pique e disposição prontos para
curtirem mais um belo dia. Helô os surpreendeu na sala de jantar:
- Bom dia, meus queridos hóspedes!
Pelo jeito a noite foi boa hein!? Venham cá, sentem-se e tomem café comigo. Adoro
companhia e vocês devem estar famintos...
Sentaram-se à mesa e aproveitaram
para bater um belo papo. Várias conversas e risadas, eles estavam se dando bem.
De repente o celular de Heloísa toca, ela pede licença e se retira da mesa. Ao celular,
Heloísa cochichava, mas não o bastante para não causar uma pontinha de
curiosidade nos dois...
- Pode falar, não estou perto
deles... Se acalme! Já disse que vou arrumar a sua grana! Já sei como vou fazer...
Me dê mais um dia apenas, eu consigo – e desligou o telefone.
Meio desconfiados de Heloísa, os
dois amigos trocam olhares e se retiram da mesa. Já estavam satisfeitos e
agradeceram a mulher pelo café. No quarto, uma rápida e sussurrada conversa era
tida por eles.
- Você viu como ela estava
falando? Não sei não, Rob... estou meio desconfiada da Helô agora...
- Se acalme, Stace. Ela devia
estar falando com algum parente ou familiar, nada demais... Vai me dizer q você
nunca teve conversas esquisitas às vezes? Venha cá, vamos tomar um banho pra
gente poder ir aproveitar.
Saindo de casa prontos para mais
um animado dia, se despediram de Helo, que estava no jardim.
- Até mais tarde, Helô! – disse
Robert, tentando disfarçar a desconfiança e querendo ser gentil um pouco.
- Ei ,o que vão fazer a
noite?
- Bom ainda não temos planos, Helô.
Mas em Vegas não tem como não ter um lugar de curtição – soltou Stace, com seu
jeito mais pra frente de ser.
- Tenho um convite a fazer, claro
se vocês toparem. Um amigo meu tem uma casa de Streeper, a melhor da cidade! Já
percebi que rola algo entre vocês; então, vamos lá que garanto que a diversão será
certa – soltou Helô, com um olhar de tentação para os dois.
- Olha que agora eu tô gostando,
hein... Fechado! Nos vemos às sete, concordou Rob.
Saíram logo após essa conversa. Stace
não gostara muito da ideia, mas Rob a convenceu de que iam se divertir muito e
não tinham nada do que ter medo, afinal estavam seguros - ou pelo menos era o
que achavam.
A tarde havia sido perfeita para
o quase casal. Foram ao parque, cinema e mais compras. O auge de Vegas para
eles agora era a noite. Robert estava super entusiasmado para a noite de
curtição junto com Helô (não a conhecia bem, mas achava que podia confiar nela);
já Stace sempre tinha aquela pontinha de desconfiança.
Chegaram por volta das 18 em casa
e foram se arrumar para sair.
No horário marcado, Helô já batia
à porta dos dois para apressá-los:
- Vamos! Não queremos perder a
diversão; a noite é curta quando a gente se diverte!
Stace saiu do quarto com um
visual deslumbrante; vestia as roupas compradas na cidade e que a deixaram mais
bonita que de costume. Helô também não ficava pra trás. Robert, não se
contendo, já soltou uma de suas cantadas:
- Meu Deus, que sorte eu tenho:
acompanhar duas lindas mulheres assim é lisonjeante.
Tomaram um táxi na porta da casa
e foram para mais uma noite de diversão, dessa vez acompanhados. Chegaram até a
casa de Streeper do suposto amigo de Helô e já foram logo super bem atendidos
por Hary, um dos amigos de Helô:
- Fala, Helo! Quanto tempo não
vinha aqui se divertir com a gente... vejo que está acompanhada. Espero que se
divirtam! Separei o melhor pra você, gata; pode entrar.
- É confesso que desse aí fiquei
com medo... viu o tamanho daquele cara? Parece um poste - sussurrou Rob com
Stace.
Entraram na casa e foram se
divertir sem preocupações, afinal a curtição para ambos era a melhor parte. Lá
dentro de tudo rolava: orgia, drogas, bebidas e os três se jogaram na noite
aproveitaram de tudo. Nessa brincadeira Helô convence Robert:
- Hey toma isso aqui. Você vai
ver como vai ficar.
Sem nem pensar em perguntar o que
era, o garoto já colocou na boca algo parecido com uma bala entorpecente e
continuou a dançar. Misturado com a bebida e tudo mais, os efeitos foram
repentinos, e Helô, vendo isso, arrasta o garoto para um quarto, deixando Stace
sozinha dizendo que havia ido pegar algo para beber. Àquela altura do
campeonato, Robert estava inconsciente e deitado em uma cama de um dos quartos
da boate.
- Esse, só amanhã. Agora, deixe-me
ir terminar meu trabalho se não quem se ferra sou eu, disse Helô ajeitando seu
vestido colado.
Stace tinha voltado pra pista de
dança. Para ela, Rob estava bem, havia ido ao banheiro ou coisa do tipo, e nem
se preocupou. Quando Helô voltou viu que Stace estava dançando com um de seus
amigos .
- Já vi que não perde tempo em
garoto.
- Claro que não, Helô! Uma gata
dessa na pista, é lógico que não a deixaria sozinha, disse David.
- Vou ao banheiro e já volto.
No que passou ao lado de David, Helô "esbarrou" nele sem querer e nisso deixou algo em sua mão: era um entorpecente pra Stace. David já conhecia e estava ajudando Heloísa.
- Vou lá buscar uma outra bebida
pra gente. Não sai daqui hein, já volto – falou David, com uma sedução na voz
que deixou Stace interessada no que poderia rolar depois...
Como Rob havia sumido, a garota
estava se divertindo com David e nem imaginava que suas intenções não eram uma
das melhores com ela. O rapaz trouxe um drink que parecia o melhor da casa para
Stace, e havia misturado junto a ele a droga.
Num piscar de olhos a garota já
estava meio zonza.
- Opa! Acho que você não está
muito bem... conheço um lugarzinho bacana aqui, vamos – falou David ao ouvido
de Stace. A garota já não estava nada legal, e sem nem resistir não fez nenhum
esforço para evitar que fosse levada.
Robert estava começando a voltar
a si. Acordou e não sabia onde estava nem o que fazia ali, mas viu um bilhete que
estava escrito ao lado da cama: "Não te ensinaram que não se deve confiar
em estranhos? Stace nunca mais verá você! Da próxima, quem sabe você aprende...
Bjs da Loira mais perigosa de Vegas, Helô "
Na mesma hora o rapaz deu um pulo
da cama e foi se apressar em tentar salvar Stace. A essa altura do campeonato, não
sabia onde estava a amiga e nem como a encontraria. Antes de sair do quarto,
mexeu em algumas gavetas e encontrou no fundo falso de uma delas uma arma; nem
pensou duas vezes, colocou-a na cintura e saiu desesperado à procura de sua
amiga.
Robert estava no segundo andar da
boate. Desceu as escadas correndo e perguntou ao barman se tinha visto a amiga;
deu os detalhes da garota e o rapaz lhe confirmou que ela havia deixado o lugar
a pouco tempo com uma outra pessoa. Robert correu até a porta e viu que Helô estava conversando com o segurança; não pensou duas vezes e foi logo intimando
a loira:
- Onde está stace? O que você fez
com ela??
- Achei que a dose que te dei
estava mais forte, disse Helô sorrindo sarcasticamente. Você não faz nem ideia para
onde a levei: é que estava devendo uns caras aí, sabe como é, né; às vezes a
gente consome mais do que tem.
- O que você fez com ela sua
ordinária? Me responde!!! - O olhar de Robert para Heloísa era de fúria. Sem
pestanejar muito, arrancou a arma da cintura e ameaçou a mulher: - Se não me falar
agora eu estouro a sua cabeça aqui mesmo e vou atrás de um por um que estiver
envolvido nisso! Não brinque comigo!
Com uma coronhada na cabeça da
mulher, o rapaz a apagou por algum tempo - o suficiente para que Robert a colocasse
dentro de um carro para ir à procura de Stace.
Heloísa ficou inconsciente por 20
minutos. O carro que Rob pegara era dela, e por sorte estava com uma rota
traçada no GPS, que ele nem pensou duas vezes e a seguiu.
Chegou em um galpão meio
abandonado próximo a um cais: o lugar estava deserto, e Robert podia ouvir umas
pessoas conversando. Deu um jeito de prender Heloísa dentro do carro e desceu
para ir a busca de Stace.
Pela janela dos fundos do galpão era
possível ver o segurança da boate, David (que Robert não conhecia) e um outro
homem bem portado, que aparentava ser um empresário. David falava com o suposto
empresário:
- Está aí o pagamento de Heloísa.
Já, já ela deve chegar aí. Para o seu tráfico de mulheres essa vai ser ótima:
nova, bonita, corpo favorável... tenho certeza que vai cobrir toda a dívida que Helô tem com você.
- Dessa vez aquela loira se
superou! – Disse Martin, um famoso traficante de mulheres, que há muito atuava
em Vegas. Adorei a mercadoria! Se tudo sair conforme o planejado posso até
compensá-la...
Robert ouvirá tudo da janela dos
fundos, e pensou em um jeito para conseguir livrar a amiga da enrascada, que
ele sabia ser o quase culpado por tudo.
Jogou uma pedra no telhado do
galpão a fim de atrair a atenção de um dos comparsas que era o maior que estava
ali. Seu plano havia dado certo, e lá foi o homem conferir o tal barulho.
Robert entrou no lugar e deu uma pancada na cabeça de David, que desmaiou logo
em seguida; Martin veio para cima do rapaz em fúria, e os dois travaram uma
luta no chão. Robert apanhara muito de Martin, expert no assunto de luta corpo
a corpo:
- Pelo visto você é o suposto
namoradinho da garota né - ria Martin com um ar de superioridade que deixara
Robert ainda mais furioso. Sinto muito, mas no meu negócio não deixo rastros e
não posso cometer erros.
O homem engatilhou a arma e
estava pronto pra atirar, mas foi surpreendido com um tiro nas costas. Stace
havia retomado um pouco da consciência e havia pegado a arma que Robert tinha
deixado cair no chão em meio a luta.
Para a sorte dos dois o tiro foi
certeiro e Martim não resistiu.
Robert correu ao encontro de
Stace e lhe deu um beijo:
- Me desculpe por favor. Achei que
te perderia pra sempre... nunca mais te deixo sozinha, eu prometo Stace!
O rapaz estava aos prantos em
frente à amiga. No meio da emoção havia esquecido que o segurança grandalhão estava
lá e estava voltando. Fazendo de tudo para ajudar Stace, Robert a levanta para
que possam tentar escapar dali passando por cima de algumas caixas empilhadas
perto.
- Vamos, Stace! Vamos sair logo
desse inferno – gritava Robert, já se esbaforindo pelo esforço de sair daquele
galpão logo.
Quando já estavam próximo ao
carro, escutaram um disparo dado por Harry, o segurança:
- Parados aí! Não tem para onde
correr! Estão cercados.
Para a infelicidade e o desespero
dos dois o disparo da Harry acertou as costas de Stace.
Ainda com o pouco de forças, a
garota conseguiu entrar no carro e os dois conseguiram fugir do local. Para a
surpresa de Robert, Heloísa não estava mais no carro; provavelmente havia
fugido, não queria que nada desse errado pra ela, afinal a prisão não era muito
sua praia.
Considerados já fora de perigo, Robert,
acelerado pelas ruas da cidade, procura um hospital no qual possa levar Stace que
perdia muito sangue e estava meio inconsciente dentro do carro:
- Stace, por favor, não me
abandona... eu te amo! Fica comigo. Sei que você é forte e vai resistir... - O
rapaz preferia mil vezes estar no lugar da jovem; não suportava vê-la sofrer, e
só de pensar que era meio que o culpado por tudo, sofria ainda mais.
Chegando ao hospital com a garota
nos braços, Robert pede por socorro e logo é atendido por uma equipe de
enfermagem que vem socorrer a jovem, e já a levam para o bloco cirúrgico. Na situação
que a viam, sabiam que não podiam perder mais tempo, pois a vida de Stace
estava por um fio.
Depois de 2 horas de espera,
Robert recebe a notícia de que Stace não resistiu a cirurgia e veio a falecer. O
jovem, transtornado, sai desesperado pelas ruas de Vegas inconformado com a
morte de Stace, e decide ir atrás de Heloísa. Estava decidido a vingar a morte
da amada! Queria matar a vigarista que havia lhe tirado a mulher de sua vida!
Robert pega o carro que estava
parado em frente ao hospital e decide ir até a casa onde estavam "hospedados",
a casa de Heloísa. O garoto não se aguentava: estava com tanto ódio que só
pensara em matar a pessoa que havia lhe tirado seu maior bem. Para sua surpresa,
Heloísa estava na casa a fazer as malas para sair do país pois havia sido
denunciada por relação com o tráfico de drogas e por ajudar na quadrilha com a
tráfico de mulheres. Robert desligou o carro e desceu de fininho para não
chamar atenção de Heloísa. Abriu a porta sem fazer o menor ruído e pegou uma
faca na cozinha - a maior que estava lá.
Robert foi até o quarto em que a
vigarista estava arrumando as malas e a surpreendeu:
- Aonde você pensa que vai, sua
vagabunda?? - Robert estava irado e nem pensava direito, só queria ver a mulher
morta. - Você me enganou! Tirou meu bem mais precioso! Ela nunca mais vai
voltar! Você tem noção do que fez?? – disse, já um pouco mais fora de si.
O rapaz se aproximou de Heloísa e
cravou a faca em seu peito: - Por partir meu coração em pedaços que jamais vão
se refazer, eu acerto o seu que jamais voltará a bater.
O golpe certeiro mata a mulher em
instantes; instantes que são o suficiente para a chegada da polícia. Robert é
levado para a prisão acusado de assassinato e condenado à pena de morte, o que,
pela presteza da justiça local, aconteceria em uma semana.
Nesse meio tempo a família de
Stace havia sido comunicada da morte da garota, e estavam desconsolados. Robert
mandou uma carta na qual explicou em detalhes tudo o que aconteceu, se
desculpando sinceramente com eles. Para sua família escreveu uma carta
explicando também o que tinha acontecido; no final, apenas dizia:
"Lutei bravamente para
salvar a mulher que amava. Caí em algumas armadilhas por não seguir os
conselhos que me foram dados, e acabei estragando tudo. Me desculpem por não
poder estar próximo a vocês, e sinto informar-lhes que nunca mais poderei vê-los.
Amo muito vocês, assim como amei a mulher que foi morta por minha causa. Agora
serei morto por vingar a sua morte.
À minha família q eu amo!
Ass: Robert Stefhan”
Depois de mais dois dias o rapaz
foi levado ao lugar onde cumpriria a pena imposta a ele.
- Último desejo, rapaz? – disse
friamente o guarda que conduzia Robert para sua morte.
- Espero que Heloísa queime no
fogo do inferno, e que mesmo não sendo nessa vida eu encontre a minha amada.
Depois das últimas palavras o
rapaz levou 5 tiros q o aniquilaram no mesmo instante.
Um pouco mais tarde, em um quarto
de hospital, uma jovem acorda chamando pelo nome de Robert.
- Esse rapaz não foi aquele que
chegou com a garota nos braços? – perguntou o médico.
- Sim, doutor. A notícia que foi
dada a ele é que Stace havia morrido. – responde a enfermeira.
- Você chegou a ler o nome
completo das pacientes? Haviam duas Staces no bloco cirúrgico. Uma veio a falecer
e a outra está fora do estado de risco. Confirme para mim quais são as devidas
mulheres.
Na recepção do hospital foi
constatado que a Stace que morrera era uma mulher de 30 anos de idade, vítima
de um tumor no cérebro. A Stace baleada estava "bem".
A garota não parava de chamar o
nome de Robert. Queria de todo jeito ver o rapaz, mas poucos minutos depois viu
uma reportagem no jornal que dizia: "Rapaz é condenado à morte por
esfaquear uma mulher"
O rosto de Robert estava
estampado na tela da TV. Em choque ainda pelos ferimentos recentes e pelo
trágico ocorrido, Stace sofreu uma parada cardíaca e não conseguiu ser
reanimada pelos médicos, falecendo logo em seguida.
O que era para ser a melhor
viagem da vida de um casal de amigos acabou sendo a destruição e a morte de
ambos.
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